G1 dá dicas sobre o que pega bem e o que pega mal na hora do abraço
Gesto demonstra afeto e carinho, mas deve ser usado nos momentos adequados.
Consultor de etiqueta comenta o que é mais indicado para cada situação.
Nesta quinta-feira (22) é comemorado o Dia do Abraço. O gesto demonstra afeto e carinho, mas deve ser usado nos momentos adequados. O G1 conversou com o consultor de etiqueta Fábio Arruda para saber como evitar situações inconvenientes.
“Brasileiro tem mania de querer ser caloroso, mas é preciso lembrar que ninguém vai ser elegante, se não for apropriado”, diz Arruda. Segundo o consultor de etiqueta, há quem considere o abraço invasivo. “Ao abraçar, ocorre o encontro de corpos. Muitas vezes, um beijinho – que é o simples encontrar de duas faces – é mais adequado.”
De acordo com o consultor de etiqueta, é completamente dispensável. Basta um aceno, um cumprimento por meio de olhares. “Essa mania de querer ficar dando abraços individualmente é desnecessária e faz com que a pessoa perca bastante tempo.”
Segundo Arruda, a idéia de abraçar a noiva é um absurdo. “As pessoas não se contentam em apenas abraçar. Fazem afagos, pegam no cangote, encostam além da conta. Elas esquecem que a noiva está com um vestidão, gastou um tempo danado fazendo o penteado e maquiagem. Temos que ter consideração e não desmontá-la.”
O consultor de etiqueta considera que o abraço pode valer mais do que mil palavras. “Seguido de um olhar, esse gesto pode ser melhor do que qualquer coisa que você venha a dizer neste tipo de situação.”
Manifestações de afeto calorosas, efusivas, por meio de abraços apertados valem para aniversários, reencontros e comemorações. No entanto, não se deve esquecer o grau de intimidade com a pessoa.
“Muita gente se acha íntima de todo mundo, mas nem sempre o mundo se considera seu íntimo. É realmente necessário saber discernir entre aqueles que querem ser abraçados. Um abraço não-correspondido é o mesmo que alguém te dar as costas”, diz Arruda.
Amigos estão liberados para abraçar. No entanto, é fundamental que exista respeito quando o outro estiver acompanhado pelo cônjuge. Apoiar-se no alicerce de que “somos apenas bons e velhos amigos” não é uma tática válida. Primeiro, porque o (a) acompanhante pode não achar a mínima graça, no (a) amigo (a) esbanjando afetuosidade.
“Nessa hora, também vale o jogo de cintura. A pessoa deve deixar claro que está acompanhada, sem perder o bom humor. Tem muitos caras e meninas que chegam abraçando por pura questão de provocação. O respeito não deve ser deixado de lado”, afirma o consultor de etiqueta.
Assim como o amigo, o ex também pode causar saia-justa, ainda mais quando quer tentar uma reaproximação. Se a pessoa já estiver em outra, o melhor é se afastar. “Não se abraça pessoa acompanhada”, diz Arruda.
Seguindo o critério de que você deve abraçar pessoas com quem já tem o mínimo de intimidade estabelecida, a recomendação é não abraçar logo no primeiro encontro, com os sogros, por exemplo.
“Caso sua sogra for te abraçar, retribua. Se ela está demonstrando afeto, nada pior que ignorar”, afirma Arruda.
Segundo o consultor, muitas pessoas usam o abraço como forma de demonstrar segundas intenções. Dessa forma, acabam apelando para o abraço-agarro, que costuma ser mais apertado. “Depois de uma terceira tentativa, se a pessoa não conseguir o que pretende, é bom partir para outra tática”, diz.
Casais apaixonados devem ter bom senso. O hábito de andar abraçados não é conveniente em qualquer lugar. “Por exemplo, em um parque espaçoso não há problema, mas em um shopping lotado no fim de semana, os casais andando abraçados parecem querer formar uma nova Muralha da China. Eles podem fazer o favor de se desgrudar para liberar a circulação.”
Muitas pessoas têm mania de terminar o e-mail com a palavra “abraço” ou a versão econômica “abs”.
“Você só deve escrever ‘abraço’ se é uma pessoa que você realmente abraçaria no mundo não-virtual. Caso contrário, não escreva”, diz Arruda. Na opinião dele, a linguagem virtual não é bem-vinda. Nada de ‘bjs’, ‘abs’, ‘att’.
Despedida
Na hora de se despedir em eventos em que há muita gente, não é fundamental se despedir de um por um. Mas, segundo o consultor de etiqueta, não é nada elegante falar em voz alta “Tchau, gente. Aquele abraço. Tudo de bom, hein?!”. Para Arruda, basta falar tchau. “Se você decidiu não dar abraço em ninguém, não precisa dizer algo que você não deseja fazer.”
Fonte: G1
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